Compre Aqui

https://www.chiadobooks.com/livraria/bullying-a-violencia-mascarada

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

1000000 de visitantes!



Hoje o Blog comemora 1.000.000 de visitas! 1 milhão de pessoas que chegaram até aqui em busca de informações sobre bullying. Obrigada por virem, obrigada por comentarem, obrigada pelos depoimentos e por todos os trabalhos frutos desse lindo projeto sobre bullying chamado Bully:No Bullying. 

Só tenho a agradecer de coração :)
Carolina Giannoni Camargo

Siga-nos no Instagram: instagram.com/bully_no_bullying/
Já comprou o livro novo? "Bullying: a violência mascarada"

  




terça-feira, 18 de setembro de 2018

12 lugares onde existe bullying.


Que o bullying existe nas escolas todo mundo sabe, afinal é lá o lugar onde esse tipo de violência mais se manifesta. 
Mas em qual local ocorre mais bullying? No blog tem muito mais sobre esse tema, mas deixo aqui algo fácil para vizualizar melhor e começar hoje mesmo a identificar os casos de bullying na escola!


contato.bullyingconsultoria@gmail.com
facebook/bulyingviolenciamascarada
@bully_no_bullying (instagram)

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Empatia contra o bullying

A empatia é "a capacidade psicológica de se colocar no lugar do outro caso estivesse na mesma situação em que a pessoa se encontra". 

Educar crianças mais empáticas é positivo para a sociedade e evita até mesmo o envolvimento delas com o fenômeno bullying. 
Na hora de solucionar um caso de bullying, pode-se aplicar estratégias para que a criança/adolescente autor de bullying se coloque no lugar do seu alvo e reavalie suas atitudes. 

Perguntar: 
"E se fosse com você?" 
e depois mediar a construção da resposta baseada na autoreflexão por parte do agressor é uma técnica que costuma funcionar. Use-a frequentemente! 


Você já possui o nosso novo lançamento? "Bullying: a violência mascarada" já está disponível para venda. 

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Nova Página no Facebook

O livro "Bullying: a violência mascarada" rendeu uma página no facebook e trará durante a semana dicas para dar um Basta ao Bullying. Curtam, compartilhem, divulguem.... Sempre tem algum envolvido com bullying precisando de ajuda por perto!

facebook.com/bullyingviolenciamascarada

Resultado de imagem para facebook

Nos vemos também por lá ;)

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Bullying: a violência mascarada



Olá meus queridos visitantes do blog Bully: No Bullying! Estamos juntos desde 2009 compartilhando informações e ajudando muitas pessoas a darem um basta ao bullying! 


É com muita alegria que gostaria de divulgar meu mais novo trabalho, o livro: Bullying: a violência mascarada, lançada pela editora Chiado. 

Deixo o link aqui em baixo para quem tiver interesse!!! E deixo também uma fotinho para vocês verem como ficou bacana o livro ;) 





Podem encomendar também através do:

contato.bullyingconsultoria@gmail.com


Ah! Estou atrasada com os comentários, prometo responder todos!!!


Abraços, Carolina 

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Atendimento On Line


Você também precisa de orientação para solucionar um caso de bullying?

Você é o responsável por uma criança que está sofrendo bullying e não sabe mais o que fazer ou como ajudar?

O Atendimento On Line surgiu devido a quantidade de pais e professores que buscam ajuda para combater um caso de bullying. É realizado via Skype/Whatsapp e orienta passo a passo sobre o que fazer diante ao caso de bullying.

Envie um email para:
contato.bullyingconsultoria@gmail.com
e receba hoje mesmo a ajuda que precisa. Bullying não é brincadeira!



Carolina Giannoni Camargo

No ano de 2005, a pedagoga e autora Carolina Giannoni Camargo iniciou suas pesquisas e trabalhos sobre bullying durante seu curso de graduação na Universidade Estadual de Campinas/Unicamp.

No início de 2009 criou o Blog "Bully: no bullying!" e hoje este possui mais 800.000 acessos, recebendo diarimente pedidos de ajuda por parte de alunos, pais e professores que se sentem perdidos diante ao bullying.

Neste mesmo ano, Carolina Giannoni Camargo fundou a Assessoria Pedagógica Semeare sendo coordenadora pedagógica especializada em bullying até 2011, ano no qual se mudou para a Alemanha, onde se tornou pesquisadora independente sobre bullying e violência escolar.

Em 2010 e 2011, lançou o Livro: “Brincadeiras que fazem chorar. Introdução ao fenômeno bullying", publicado pela editora All Print. Carolina Giannoni Camargo se tornou uma especialista no tema, principalmente por abordar o assunto na educação infantil e no treinamento de professores.

Possui artigos publicados em revistas (Revista Metrópole Campinas, Revista Catavento fundação Educar, Revista Síntese, dentre outras) e no livro (Bullying em debate, dos autores Cleo Fante e Neemias Moretti Prudente). Também participa de inúmeros programas de televisão e rádio sendo entrevistada sobre bullying.

Desde 2010 desenvolve materiais pedagógicos e promove atendimento on line visando prevenir e combater os casos de bullying.

Em Dezembro de 2017 lançará o livro "Bullying, a violência Mascarada", pela editora Chiado. 

Entre em contato
contato.bullyingconsultoria@gmail.com 


quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Li e não gostei.


Acabei de ler uma matéria no site da Revista Encontro dizendo que o caso de Goiânia não foi bullying. Até aí tudo bem, nem sempre é fácil identificar o bullying e muitas vezes a informação que recebemos é através da mídia e sem a profundidade ideal para uma investigação mais elaborada. Ou seja, podemos encontrar divergentes opiniões. Para mim este episódio foi bullying sim, mas isso não vem ao caso neste post.

Na matéria que li, a especialista Tânia Zagury diz: " Não vou dizer nunca, mas é raríssimo um problema de bullying gerar mortalidade desse tipo. Até mesmo os tiros de Columbine, que marcaram a história com 14 mortes, foram associados a um desvio mental. Geralmente, esses adolescentes têm algum problema psiquiátrico. Por ser um menino muito jovem, ele pode não ter sido diagnosticado ainda. Muitas vezes, as pessoas esperam que o comportamento de quem tem uma doença mental seja algo explícito, quase caricatural, mas não é assim que acontece. Talvez o próprio fato de ele ser um adolescente considerado mais desleixado em relação ao seu corpo pode ser um indicativo.... O bullying é algo grave, mas, se provocasse esse tipo de reação, nós voltaríamos à barbárie. Na verdade, essas pessoas que têm algum tipo de problema psiquiátrico não conseguem administrar a realidade."


Quando estudamos o bullying, e grandes pesquisadores fazem isso desde os anos 70, entendemos que a agressão física e moral intensa e repetida, gera nos seus envolvidos - principalmente nos alvos dessas agressões - uma gama de consequências que variam em sua gravidade.

O que quero dizer é que quando um aluno recebe uma apelido pejorativo, é trancado no armário do corredor, tem seus pertences roubados, apanha no intervalo da escola, etc. e essas agressões ocorrem toda semana ou todos os dias, a vítima muitas vezes perde a sua própria identidade e se reconstrói baseada na violência sofrida. 

Nós somos seres únicos, temos nossa própria história, formação familiar e personalidade; por isso reagimos às situações ao nosso modo. O que me afeta, pode não causar o mesmo impacto no colega de classe, por exemplo.

Isso ocorre também com este fenômeno. Um alvo de bullying pode ter consequências mais leves e outro consequências gravíssimas, como já expliquei aqui no blog outras vezes.

Quando um alvo de bullying se torna assassino, ou então, quando um alvo de bullying comete suicídio, muita história de sofrimento gerado pelo bullying existe por trás desses finais trágicos. E isso Dan Olweus comprovou por meio de suas pesquisas (ainda) na década de 70. 

Muitos fatores contribuem para finais trágicos. Quando estudamos um caso de bullying desse tipo, quase sempre encontramos algum fator negativo na vida desses jovens, ou na sua educação e dinâmica familiar, formas de lidar com problemas, transtornos psicológicos gerados pelo bullying, falta de ajuda e amparo por sofrer essas agressões sozinhos, e até mesmo gosto por jogos violentos e armas. 

Mas não posso concordar - diante aos fatos, pesquisas e estudos sobre bullying - com a frase da pesquisadora que "é raríssimo um problema de bullying gerar mortalidade desse tipo. Até mesmo os tiros de Columbine, que marcaram a história com 14 mortes, foram associados a um desvio mental". 

O desvio mental pode ser nato ou pode ser causado por traumas externos. È claro que um aluno que mata 12 colegas em uma escola possui algum problema psicológico... SIM o bullying gera consequências como transtornos psicológicos também! 

Agora é preciso se questionar e refletir: 
  • Esse problema psicológico que nunca foi identificado, conforme cita a pesquisadora - foi despertado por qual motivo? Maldade? Raiva? Sofrimento?
  • Por que a grande maioria dos casos de atiradores em escola tem em comum o bullying? 
  • Caso o aluno não tivesse passado por situações de bullying ao longo de sua vida escolar, ele agiria da mesma forma? Teria realizado essas ações graves?
O que quero dizer é que o bullying é perigoso, pode acabar em consequências graves como assassinatos e suicídios e dizer o contrário disso desvalida uma quantidade grande de pesquisas sobre o assunto. 

O que é preciso fazer? Mostrar para os jovens que o bullying não é saudável e mais do que isso, que bullying fere o outro, por isso é crime. Você, alvo de bullying, que está lendo este post preste atenção: tem muita gente que pode te ajudar, acredite. 

Na matéria que li, e que não gostei por conta do tema bullying ter sido mal abordado, a pesquisadora levanta temas importantes que colocam em perigo a vida das crianças e jovens em fase de formação nos dias atuais. 

A palavra bullying está banalizada e a formação sobre o tema é importante. Por isso, que fique claro: Educação familiar é educação familiar; uso consciente das mídias digitais por jovens é uso consciente das mídias digitais por jovens; e bullying é bullying. Tudo pode até estar interligado, mas cada tema merece respeito e singularidade. 


Um abraço, queridos leitores, e até a próxima semana.


Já se inscreveu no blog? Curtiu nossa página no Face? Segue nosso Instagram? 

Oba! Obrigada :)

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Foi bullying. Um breve comentário sobre o caso de Goiânia.

O caso chocou o país. No dia mundial de Combate ao bullying, um aluno atirou em seus colegas dentro da escola deixando mortos e feridos. A história se repete, os noticiários também, e aquela sensação de insegurança na escola volta a deixar docentes, coordenadores e pais preocupados.

O dia 20 de outubro de 2017 deixou marcas e também possibilitou uma série de pessoas a escreverem sobre bullying sem analisar corretamente o que é essa violência. Li textos muito bem escritos dizendo que "não foi bullying", que "agora tudo é bullying", etc. e tal. Achei super interessante ler estes textos para poder refletir mais e entender se de fato foi bullying ou não.



Minha conclusão é que sim, e agora vou explicar brevemente porquê o caso de Goiânia foi Bullying: 

"Bullying é uma situação de agressão física e/ou psicológica entre pares e possui características que o diferencia de outros tipos de violência existentes dentro das escolas, tais como: intencionalidade, frequência nas agressões, gratuidade e consequência." Carolina Giannoni Camargo

O garoto que atirou em seus colegas era chamado de Fedorento, conforme relatos de alunos da sua classe. É preciso entender que por trás de um apelido pode existir uma brincadeira e pode existir também uma violência. Então, como distinguir isso?

Quando o apelido é uma brincadeira, não há intenção de agredir ninguém e não existe consequências negativas. Um dos meus melhores amigos só atende pelo apelido, por exemplo.
Agora quando o apelido é violência, existe a intenção de ofender, e a repetição do apelido acontece justamente porque há evidências de que o alvo do apelido não gostou de ser chamado assim. Nestes casos os apelidos são pejorativos e a frequência desta agressão psicológica agrava as consequências para o alvo de bullying.

Quais seriam essas consequências?
Desinteresse pela escola, ansiedade, fobia social, transtornos alimentares, queda no rendimento escolar, pensamentos suicidas, estresse, depressão, assassinatos e suicídios são algumas das consequências sofridas por aqueles que são alvos de bullying na escola.

No caso do aluno que atirou na escola Goyases, em Goiânia, eu não possuo informações sobre o rendimento do aluno na escola, alterações comportamentais, tentativas de ajuda, etc.. O que gostaria de alertar é que o bullying é uma violência silenciosa e mascarada, que acontece debaixo de nosso nariz e precisa ser vista com mais atenção e responsabilidade. 


A Influência da família e seu papel na formação de autores e alvos de bullying.
Sobre esse tema, eu li que o jovem atirador era de uma família de policiais e que os assassinatos poderiam ser resultado de uma educação agressiva e autoritária. Não posso escrever nada sobre isso pois não possuo informações oficiais sobre a família. Mas quero dizer que não existe apenas um motivo para transformar alguém em alvo ou autor dessas agressões. Nós somos a soma de inúmeros fatores internos e externos e estamos sempre em transformação. Esse conjunto pode tirar o peso de culpar alguém pelo ocorrido, mas não tira a responsabilidade dos pais, educadores e da escola em estar atentos e agir contra o bullying.   
Sobre este aspecto - o que leva alguém a ser alvo ou autor de bullying? - temos muitos textos aqui no blog e  deixo 3 links para vocês iniciarem uma leitura: 




Para concluir eu posso dizer que o caso ocorrido em 20 de outubro de 2017, em Goiânia, foi bullying pois:

"Bullying é uma situação de agressão física e/ou psicológica
Foi bullying porque ocorreu violência psicológica;

"entre pares"
Foi bullying porque foi entre pares, ou seja, entre pessoas de igual hierarquia, no caso entre alunos de uma mesma escola;

"e possui características que o diferencia de outros tipos de violência existentes dentro das escolas, tais como: intencionalidade,"
Foi bullying porque o apelido "Fedorento" é pejorativo e o alvo de bullying demonstrou que não gostava dessa situação. A frequência desse apelido a intenção de provocar, ferir, chacotear, etc.;

"frequência nas agressões,
Foi bullying porque conforme relatos de seus colegas ele era chamado frequentemente de "Fedorento";

"gratuidade e"
Foi bullying porque o apelido Fedorento não surgiu após uma briga;


 "consequência."
Foi bullying porque como consequência ocorreram assassinatos, e o alvo de bullying dificilmente pensa de imediato nessa opção para resolver o problema, ou seja, já existiam consequências que não foram percebidas pelos seus pais ou professores.

Que fique o alerta:
·         Os autores de bullying precisam refletir suas ações e para isso precisam da ajuda de um adulto.
·  Os alvos de bullying precisam de amparo e ajuda para se fortalecerem psicologicamente, e para isso também precisam da ajuda de um adulto.
·         Os pais precisam saber identificar o envolvimento dos seus filhos com o bullying.
·         A escola precisa se capacitar e ter em mente que o bullying se previne e se combate diariamente. 

Queridos leitores do blog, já somos quase 900.000 por aqui, agradeço muito e de coração... juntos somos mais fortes!!! Divulguem nosso blog, nossa missão é ajudar!!! Quer saber como? O Blog está cheinho de artigos e dicas sobre o bullying. Mas tem mais aqui:
Instagran @bully_no_bullying

www.bullyingconsultoria.com (nesse site você pode encontrar apostilas e materiais sobre bullying)

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Bullying lidera lista de traumas e deixa mais sequelas que maus tratos por adultos.

© Ricardo Moraes / Reuters

Os efeitos a longo prazo numa criança alvo de intimidação ou violência física por parte dos colegas são piores que os que são provocados pelos maus-tratos por adultos, revela um estudo científico realizado no Reino Unido e nos Estados Unidos.


Os resultados da investigação, publicados esta semana na revista científica  Lancet Psychiatry, sublinham a necessidade de o bullying ser encarado de forma mais séria, como um problema de saúde pública.

"Ser vítima de bullying provoca efeitos semelhantes - e por vezes piores - aos que são infligidos por adultos na saúde mental de jovens adultos", escrevem os autores do estudo.

Investigações anteriores têm revelado que as crianças que são maltratadas por adultos ou são alvo de violência por parte dos colegas de escola têm altas taxas de depressão, ansiedade e tendências suicidas, entre outros problemas. Assim, ambas as situações de violência são más, mas estes investigadores quiseram ir mais longe e perceber qual delas é pior.

Analisaram os dados de dois grandes estudos feitos a longo prazo com milhares de crianças, britânicas e norte-americanas, ambos com informação sobre maus-tratos a crianças tanto por adultos como na escola, bem como informação sobre a saúde mental dessas crianças já adolescentes ou adultas.

Entre as 4026 crianças que participaram no estudo  Avon Longitudinal Study of Parents and Children  no Reino Unido, 8% tinham sido vítimas de abuso por adultos, 30% de bullying e 7% tinham sido expostos a ambos os tipos de violência.

Entre as 1273 crianças que participaram no estudo  Great Smoky Mountains Study  na Carolina do Norte, EUA, 15% tinham sido vítimas de abuso por adultos, 16% de bullying e 10% tinham sido vítimas de ambas as formas de violência.

As crianças de ambos os países tinham desenvolvido problemas de saúde mental por terem sido vítimas de bullying, numa percentagem maior que as que tinham sido maltratadas por adultos.

As crianças britânicas alvo de bullying tinham 70% mais probabilidades de sofrer de depressão ou de praticar algum tipo de violência sobre si próprias do que as crianças vítimas de abusos por adultos. As norte-americanas tinham cinco vezes maiores probabilidades de desenvolverem ansiedade se tivessem sido agredidas na escola do que por adultos.

Os investigadores descobriram ainda que em ambos os grupos de crianças, cerca de 40% que tinham sido maltratadas por adultos eram também vítimas de agressões pelos colegas. As razões para que tal aconteça não são muito claras, confessam os autores do estudo, embora o mais provável seja que um historial de abusos torna muito mais difícil para a criança regular as suas emoções "o que as pode tornar mais susceptíveis a ser alvo de bullying", explicam.
Fonte: http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2015-04-29-Bullying-na-escola-causa-mais-traumas-que-maus-tratos-por-adultos

terça-feira, 4 de novembro de 2014

O bullying que sofri e a pessoa que me tornei: relatos de quem foi vítima

Oi amigos,  

Achei interessante essa matéria que li no site www.campograndenews.com.br e resolvi compartilhar com vocês. É do dia 17 de outubro deste ano.


Alex na infância, fase adulta e agora, com o corpo em forma. (Foto: Arquivo Pessoal)
Alex na infância, fase adulta e agora, com o corpo em forma. (Foto: Arquivo Pessoal)


Elverson Cardozo

Você já foi vítima de bullying ou conhece alguém que enfrentou essa violência? O termo é relativamente novo, mas a prática, caracterizada por atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais ou não, vem de anos e, para vítima, é extremamente dolorosa.

Hoje o Lado B conta a história de três pessoas que passaram por isso, mas cresceram, mudaram, deram a volta por cima e, agora, são capazes de surpreender seus agressores porque, de tanto “apanhar”, se tornaram mais fortes.
Alex Ferreira Machado passou a infância, adolescência e parte da vida adulta sendo chamado de Alencão, gordo, gordão, bola, bolota e tantos outros apelidos cruéis. E tudo isso por conta do peso, da obesidade.
O supervidor de vendas chegou a pesar, em sua pior fase, 147 quilos, mas agora tem 83 e um corpo em forma. A mudança, que o deixou irreconhecível, veio depois de uma cirurgia de redução do estômago, realizada há mais de dois anos.
Mas, antes disso, dos 13 aos 28 anos, ele enfrentou todo tipo de preconceito, inclusive o bullyng. “Eu me sentia para baixo, me sentia diferente. As pessoas me viam como um cara fracassado, frustado, sem perspectiva de vida, que não tinha sucesso com as mulheres. Sempre ficava de escanteio. Eu era sempre o último. Era ponto de referência”, conta.
Transformado, ele viu a vida e as relações mudar. Magro, o supervisor teve a oportunidade de reencontrar, anos mais tarde, alguns de seus agressores. “Eles ficaram sem graça. Tem gente que me vê na rua e abaixa a cabeça, finge que nem me conhece, mas minha autoestima vai lá em cima”, relata.
De toda essa experiência, que ele não deseja para ninguém, Alex tirou uma lição. “São pessoas ignorantes, que querem julgar os outros pela aparência, mas o mundo da voltas. Eu calei a boca de muita gente que duvidou da minha capacidade”.

O engenheiro mecânico Douglas Lino sofreu bullying na adolescência. (Foto: Alcides Neto)
O engenheiro mecânico Douglas Lino sofreu bullying na adolescência. (Foto: Alcides Neto)

O engenheiro mecânico Douglas Lino de Oliveira Santos, de 23 anos, também conseguiu deixar muita gente de bico fechado e, por isso, pensa de maneira semelhante. “Não importa de onde a pessoa vem. Você não sabe o dia de amanhã. Você não sabe aonde ela vai estar. Você pode precisar dela”, ensina.
Ele diz issso porque, aos 16 anos, quando se mudou para os Estados Unidos, enfrentou rejeição. Lá, conheceu o bullying e, também, a xenofobia. Na escola onde estudava, era o único brasileiro.
“Eu não falava nada de inglês. Era magricelinho, orelhudinho... Não conhecia ninguém. Era difícil fazer amigos. Passava muita humilhação”, relata.
No primeiros meses, sem saber nada do idioma, Douglas foi vítima dos próprios colegas de sala. “Me chamavam de nomes racistas. Jogaram até comida em mim. Isso aconteceu uma vez”, relembra.
Mas, em um ano, a situação mudou. Dominando o inglês, Douglas passou a se dedicar, também, ao espanhol. Hoje, considerando o português, sua língua materna, ele é trilíngue.

À esquerda, Douglas um mês antes de ir para os Estados Unidos. À direita, ele lá, anos depois, pronto para o trabalho. (Foto: Arquivo Pessoal)
À esquerda, Douglas um mês antes de ir para os Estados Unidos. À direita, ele lá, anos depois, pronto para o trabalho. (Foto: Arquivo Pessoal)
O rapaz, que antes era motivo de piada, passou a ser visto com outros olhos. “Trabalho em uma empresa de tecnologia da informação que tem aproximadamente 40 funcionários. No meu time só eu falo três idiomas”.
A cantora cristã Nandah Marcondes é outro exemplo de alguém que também enfrentou o problema, mas deu a volta por cima. “Sofri bullying quando era pequena, por ser magrela e por ter uma cabeleira um tanto quanto desajeitada. Não tinha amigos e era bem excluída. Muitos nem sequer dançavam comigo”, conta.
O mais ouvia? “Que eu era esquista”, ela responde, em meio a risadas. O riso rola solto porque, hoje, parece engraçado, mas, no passado, a “brincadeira” incomodava e, mais que isso, machucava.

Nandah (de branco) com as amigas, ainda na adolescência. (Foto: Arquivo Pessoal)
Nandah (de branco) com as amigas, ainda na adolescência. (Foto: Arquivo Pessoal)

Mas a menina desajeitada da escola encontrou forças para vencer. “Com o tempo as coisas foram mudando. Eu vi que podia fazer as pessoas começarem a prestar atenção no que tinha a dizer. Foi lá que percebi que eu era líder e que não poderia ser bonita, mas tinha o que dizer”, relata.

Nandah quando recebeu o título de melhor interprete feminina no "Troféu Louvemos ao Senhor", o maior da música católica. (Foto: Arquivo Pessoal)

Tinha o que dizer e o que cantar. Nandah, que hoje mora em Belo Horizonte, é uma cantora premiada a nível nacional e, além disso, liderança jovem. Quando começou a mudar, ela também teve, assim como Alex e Douglas, a oportunidade de reencontrar antigos “amigos”. “Alguns falaram que hoje me tirariam para dançar”.
O bullying a feriu, mas Nandah sobreviveu às “torturas” e virou uma mulher de garras, determinada. “Não importa como as pessoas a classificam. Você sempre tem que saber quem você é. Eu fui me descobrindo com o tempo quem eu era e, no final das contas, percebi que era um tanto esquisita, que não segui nenhum padrão. Essa sou eu”.
A cantora não tem mais a “cabeleira um tanto quanto desajeitada”, mas as madeixas continuam rebeldes, só que agora com muito mais estilo. A ousadia externa só reflete a interna.
“Sou mais forte por ter conseguido enfrentar esse tipo de situação, mas confesso que por muito tempo tive dificuldade em assumir quem eu sou e a minha identidade”, revela.
(Atualizada às 13h26)


quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Projeto: Bullying? Aqui não! Etapa 1 - Atividade 1

Projeto: Bullying? Aqui não!


Olá pessoal, como leram no post da semana passada "vamos fazer um projeto de bullying na sua escola?" , aqui está a primeira etapa do projeto.

ETAPA 1

Atividade 1 - Formando comissões
Para montar um projeto sobre bullying na escola é preciso envolver outras pessoas. Amigos, professores, monitores, pais e direção. Quem estiver aberto a participar deve ser bem vindo. Caso consiga poucas pessoas no início, sem problemas. Aos poucos o pessoal se anima.

Convite.

Faça um cartaz divulgando a data, hora e o local para que os interessados se encontrem e possam discutir os detalhes do projeto.

O que debater?

Na primeira reunião, é importante definir alguns pontos:
1. Nome para o projeto (clique aqui e veja algumas ideias)
2. Questionário (clique aqui e entenda o porquê)
3. Divisão de tarefas. As principais seriam:

- Grupo responsável pela COLETA DE DADOS. Neste grupo, os participantes aplicam o questionário (que é anônimo) antes e após o projeto, analisam, e divulgam o resultado. Um professor de matemática pode ajudar nesta etapa! Clique em questionários para mais informação.

- Grupo responsável pela INFORMAÇÃO e CONTEÚDO. Neste grupo, os participantes ficam responsáveis por separar os materiais encontrados sobre o bullying, cyberbullying e mobbing. E podem seguir três caminhos:
* disponibilizar o conteúdo nos murais da escola
* disponibilizar o conteúdo em um blog (crie um para este projeto na sua escola)
* disponibilizar o conteúdo em panfletos. Clique aqui e encontre panfletos com informações sobre bullying para divulgação. É só imprimir.

 - Grupo responsável pelas ATIVIDADES E AÇÕES. Neste grupo, os participantes elaboram as suas práticas para combater o bullying. Quais?
* Debate em classe
* Palestra
* Filmes e discussão
* Trabalhos
* Eventuais depoimentos
* Sarau com músicas, poemas e desenhos sobre bullying.
* Apresentação de um teatro

Os detalhes de cada atividade e como colocá-las em práticas serão postados semana que vem.

Dúvidas? Deixe um comentário...

Espero que estejam animados com a ideia de um projeto contra o bullying na escola de vocês. Mandem perguntas, ideias, fotos das atividades, o que quiserem! Vamos juntos combater essa violência na escola.

Abraços, Carol.
Já curtiu nossa fan page? facebook.com/bullynobullying 

1000000 de visitantes!

Hoje o Blog comemora 1.000.000 de visitas! 1 milhão de pessoas que chegaram até aqui em busca de informações sobre bullying. Obrigada po...